Alívio Imediato

29 de setembro de 2016

Uma simples emenda ao Protocolo de Montreal, o mais bem-sucedido tratado internacional para o meio ambiente da História, seria a forma mais eficaz de garantir que as metas do Acordo de Paris para o clima sejam cumpridas. O seu principal objetivo é que os países signatários do tratado se comprometam com a redução e a eliminação graduais do uso dos HFCs (hidrofluorcarbonetos) em aparelhos de refrigeração.

A campanha Alívio Imediato, produzida pela equipe de Uma Gota no Oceano em parceria com a Institute for Governance & Sustainable Development (IGSD), apoia a aprovação de uma emenda mais vigorosa ao Protocolo de Montreal. Além disso, queremos que o Brasil assuma um papel de liderança nas negociações e invista mais em tecnologias com maior eficiência energética. Além da criação de banners, fotos de capa, avatares e hashtags para redes sociais (#AlívioImediato, #MelhoraEsseClima e #LideraBrasil), replicamos reportagens e publicações sobre o tema, fornecemos dados para produção de matérias e artigos na imprensa convencional, e sugerimos pautas.

Artigos e reportagens:

Reunião da ONU pode consertar erro ambiental

Um alívio imediato para o clima (artigo de Stela Hershmann e Carlos Rittl para o jornal “O Globo”)

O Brasil na liderança em favor do planeta (artigo de Stela Hershmann, Durwood Zaelke e Fabio Feldmann para o jornal “Folha de S. Paulo”)

‘Há muita necessidade social para ficarmos parados’ (entrevista do ambientalista Délcio Rodrigues ao jornal “O Globo”)

 

Sobre a emenda e o Protocolo de Montreal:

Em 1983, cientistas fizeram uma descoberta alarmante: havia um buraco sobre a camada de ozônio na Antártida, região da estratosfera que funciona como escudo natural do planeta contra os raios ultavioleta. A resposta foi rápida: em 1987, foi firmado o Protocolo de Montreal, por mais de 150 países. Seu objetivo era a eliminação gradual do uso de cerca de cem substâncias usadas em equipamentos de refrigeração e frascos de aerossol, incluindo os famigerados CFCs (clorofluorcarbonetos), que estavam corroendo este escudo.

O acordo entrou em vigor em 1989 e graças a ele estamos conseguindo reduzir o buraco na camada de ozônio. Já tapamos uma área do tamanho da Índia e a previsão é que ela esteja totalmente recuperada até 2065. E tão importante quanto: provamos que é possível reverter os danos que estamos causando ao clima.

Se agirmos rápido novamente, poderemos deter as mudanças climáticas. E o Protocolo de Montreal mais uma vez poderá ser um valioso aliado, nos ajudando a cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.

Hoje, os principais substitutos dos CFCs são os HFCs (hidrofluorcarbonetos). Porém, embora tenham se mostrado eficazes para a recuperação da camada de ozônio, eles apresentam um efeito colateral: contribuem para o aquecimento global. Por isso, recomenda-se a sua troca por substâncias como a amônia, o propano e o isobuteno, que são menos prejudiciais para o clima.

A emenda poderá reduzir, já durante o período de transição, 200 bilhões de toneladas em emissões de gases do efeito estufa. Caso se decida também que os países signatários devem investir mais em tecnologias com maior eficiência energética, poderão ser eliminadas mais 100 bilhões de toneladas até 2050. Isso representaria um refresco de 0,5º C, fazendo com que as metas do Acordo de Paris (que prevê um aumento máximo de 2° C na temperatura média global) fossem atingidas mais cedo. Isso porque o HFC é um poluente de vida curta, dissipa-se em menos tempo.

E aí, vamos melhorar esse clima?

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